Como aceitar o fim do casamento e continuar a vida

Quando qualquer relação chega ao fim, é muito difícil admitir para si mesmo e para o outro que não adianta mais lutar e se esforçar para que algo que já morreu renasça novamente. O casamento, além de ser uma aliança entre duas pessoas e duas famílias, pode envolver filhos, bens e sentimentos que às vezes não estão preparados para dar um fim no que já foi vivido.

Sabemos o quão difícil é entrar em um casamento com corpo e alma, já que é preciso muita reflexão e muita maturidade para conhecer o outro, se apaixonar todos os dias e construir uma família baseada no amor, na confiança e no respeito.

Todos que entram e tentaram essa façanha sabem que requer muito trabalho diário. Afinal, o objetivo não é só reprodução, e sim, amar e conhecer as intimidades e os defeitos também. As vezes, quando já tentamos de tudo no relacionamento como apimentar novamente, usar produtos para estimular a mulher, terapias de amor não funcionam mais; já até usou rastreador de celular para saber se a pessoa está traindo, talvez seja realmente o fim.

Como aceitar o fim do casamento?

fim do casamento

Entretanto, o “felizes para sempre” pode ser que não exista, pode ser que não seja algo fixo ou estável. Pelo contrário, é muito relativo imaginar que um casal ficará eternamente juntos. Primeiro que, desavenças ocorrerão, são inevitáveis, e faz muito bem discutir as diferenças; e segundo, que as pessoas amadurecem, crescem e fazem escolhas diferentes ao longo da vida. E isso também é normal, faz parte de qualquer relação, seja pessoal ou profissional.

Mas, será que acabou mesmo?

Um dos principais motivos para as pessoas evitarem o término de uma relação e, nesse caso, a do casamento, é a esperança. Será que acabou mesmo? O simples fato de estar fazendo essa pergunta e estar em dúvida sobre o seu sentimento, pode ser o indício de que a acomodação e o costume já se sobressaem em relação ao sentimento. O mais interessante é que muitos tentam e muitos se acostumam com a frieza do amor, respondendo que são os anos, ou os filhos ou a família, ou até mesmo o emprego que são os culpados.

Mas não. Às vezes, e em sua maioria, não existe culpado.

Respeitando o sentimento

O amor nasce, cresce e se transforma. Um casal pode se tornar amigos, amigos podem se tornar um casal. Nunca estamos preparados para admitir um fim, porque é como se estivéssemos desistindo, como se fôssemos perdedores. Porém, não é bem assim. O primeiro passo para aceitar o fim do casamento é respeitando o que você sente, o que está dentro de você. Não é a sua culpa.

É claro que existem as exceções, principalmente quando envolve traição. Mas, o que está em jogo aqui é o que seu coração está dizendo. Se não existe mais diálogo, se não existe mais tesão, se não existe mais convivência, não tem porque fazer isso com você, e muito menos com o outro.

Muitos pensam que terminar um casamento é como se estivesse indo para a fogueira. Relações se transformam e relações podem acabar, como qualquer outra. E é perfeitamente normal.

Não se sinta julgada

O pior momento ou sensação que alguém pode ter quando se está terminando um casamento é o julgamento, é o olhar que os outros irão fazer, tanto da sua família quanto da do outro. É difícil ter que admitir para os outros que o casamento acabou, mas o que realmente importa é o que acontece dentro da casa do casal. Ninguém sabe o que acontece em quatro paredes, e nem deve saber. Logo, nesse momento é necessário apoio, suporte daqueles que lhe querem ver feliz e bem.

Não tenha medo do julgamento. Isso não pode influenciar em sua decisão. Às vezes compensa conversar com alguém, com algum psicólogo, alguém que seja imparcial para lhe ajudar a compreender que tudo tem que acabar, tudo tem que ter um fim.

Aceitar o fim do casamento pode ser bom ou ruim. Se o casal perceber juntos que não estão dando mais certo, ótimo. É mais fácil. Se apenas um optar pela separação, é valioso que haja uma conversa sincera para explicar e não ter medo da reação do outro. Nesse momento, infelizmente, devemos ser egoístas e ouvir a nossa vontade.

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